terça-feira, 26 de abril de 2011

Estudos de Maio

Prezada equipe:

Segue proposta de leituras para o mês de maio:

Leitura do livro (íntegra):

CUNHA, M. I. O bom professor e sua prática. Campinas: Papirus, 1994.

Para discussão em 03.05.2011

PARTE I
 

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO ESTUDO
Origens do estudo
Por que o professor?
O significado do cotidiano
A questão metodológica




Para discussão em 10.05.2011
 
PARTE II

O BOM PROFESSOR PARA O ALUNO DE HOJE
A expectativa e a ideologia
Características principais
 
Para discussão em 17.05.2011
 
PARTE III
 

QUEM É O BOM PROFESSOR
A história de vida
Influências principais
Visão social
A prática pedagógica
Dificuldades enfrentadas
Sobre a formação do professor
 
Para discussão em 24.05.2011
 
PARTE IV
 

O FAZER DO BOM PROFESSOR
Os procedimentos
As habilidades
O contexto
 
Para discussão em 31.05.2011
 
PARTE V

Conclusões: Da prática à teoria

 

Boa leitura!

Karina

segunda-feira, 4 de abril de 2011

PROJETO PEDAGÓGICO IFPR Campus Telêmaco Borba


A organização do trabalho pedagógico é fundamentada no Trabalho por Projetos e baseia-se nos seguintes princípios:

  • Desenvolvimento das ações considerando a realidade (foco social) e suas ,implicações no trabalho pedagógico.
  • Educação centrada no aluno e nele referenciada em todos os projetos.
  • Construção coletiva de propostas educacionais.
  • Desenvolvimento da autonomia e da capacidade crítica em todas as atividades formativas.
  • Prática docente fundamentada na orientação.
  • Flexibilização do tempo e do espaço das atividades pedagógicas.
  • Ampla integração dos cursos e dos docentes.
  • Concepção dialética do conhecimento.
  • Ações de ensino-aprendizagem com base na contextualização.
  • Avaliação reflexiva e permanente de todo o processo educativo.
  • Desenvolvimento integral na perspectiva humana e técnica.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Pensar é a enxada do futuro!

Fundamentar o ato de pensar é um desafio, e pensar em um currículo escolar global é uma tarefa inesgotável.

Isso é o que nos move. Falo por mim, pois se souber onde termina, perco a motivação.

É necessário estabelecer prioridades e colocar ordem nos fatores para compreender e agir, inicialmente como indivíduo e depois como professor que busca algo inalcançável.

Buscar algo, parte da ideia de que se vem de algum lugar e por isso, o encontro com o novo inicia-se com uma descoberta interna.

O trabalho de hoje (presente), deve estar relacionado com o passado, - que não pode ser mudado –  mas quando o passado passar por reflexões, pode nos dar se quisermos, uma perspectiva melhor do futuro.

E o que queremos? Eis a questão! Pensar em nossa história, refletir e retirar dela lições para no presente e dai tentar interagir com o futuro. Sempre se parte de algo!

Na minha compreensão, o texto busca resgatar este aspecto. De onde viemos e para onde queremos ir. Vejo isso quando o autor afirma que “... na educação não se parte do zero, é necessário considerar o lugar e as idéias para interpretá-las”.

O termo “globalizado” insere a idéia de que fazemos parte de um todo,  por que compreender o que eu fiz ou o que foi feito, como parte de uma história que tem infinitas visões e reflete a problemática de pensar em um currículo escolar.

Os problemas são reais, muitos não foram resolvidos e talvez nunca sejam, porém, é possível acharmos saídas para cada etapa evolutiva, seja como pessoa ou como uma “escola que sonha”... (gosto da idéia de fazer parte de uma escola que sonha!)

Os erros do passado naquele momento (no passado), foram saídas ao mesmo tempo que e os acertos podem tornar-se problemas no futuro. Tudo é relativo e está em constante evolução.

É necessário evoluir se quisermos fazer melhor!

A evolução parte do ato de pensar refletir(passado)/agir(futuro) e ensinar a pensar é o melhor caminho como forma de buscar soluções para os problemas de uma maneira geral.

Não é assim que agimos ou deveríamos agir quando um filho comete um erro? – Você vai ficar aqui para pensar no que fez!

Portanto, a melhor atitude do professor ainda é ensinar o aluno a pensar. ESSA É A “ENXADA” DO FUTURO, e  esse futuro está diante dos nossos olhos, dentro da sala de aula ao nosso alcance.  
Nesse mundo globalizado onde o trabalho braçal não tem mais valor, pensar é hoje a ferramenta de trabalho de cada um.

Claro que, compreender as necessidades atuais do aluno, faz parte da atitude do professor, mas, indagá-lo sobre as possíveis soluções e engajar-se com ele nestes caminhos é função da escola.

Função da escola?  Sim, veja bem. Não é o  “bolsa escola” que vai solucionar o problema da evasão escolar, mas é um dos caminhos para manter o aluno na escola e o princípio da construção de uma sociedade pensante e justa. 

E isso também é dar subsídios e oportunizar aos alunos escreverem a sua própria história.

A globalização das soluções, é o que aparentemente o autor quer que reflitamos, juntamente com nossa própria história, por que socialmente falando, somos parte de um corpo, uma massa (“cinzenta ou não”), mas uma massa que precisa aprender a achar soluções para os seus próprios problemas.

Trago esse conceito comigo, por que uma solução global não é necessariamente o ideal para o meu país, ou para a região onde moro ou para uma escola dos sonhos...
Por isso, questionar toda a forma de conhecimento, reconhecer as concepções regionais para instigar a relatividade de interpretações no intuito de, através uma visão critica e introduzir opiniões diferentes para construir a realidade regional globalizada.

E qual é o órgão social capaz de fazer isso? A escola! Segundo o autor, a escola deve fazer uso da biblioteca como espaço de trabalho, e eu diria mais, da pesquisa como forma de alimentar todo o processo e da extensão como maneira de atuar na ponta da demanda.

Vejo que a biblioteca reflete o passado (mas projeta o futuro), a pesquisa busca compreender o presente regional, local e pontual e, a extensão, como forma de apresentar soluções e fazer apontamentos; muito mais ainda, a extensão é uma via de mão dupla, por que ao mesmo tempo que leva soluções, traz dificuldades.

Descartes cita a Concepção do Conhecimento como quem busca descrever este processo. Eu vejo assim, por que o autor o coloca na periferia dos racionalistas que busca nas experiências empíricas a justificativa do seu trabalho.

E o que é a extensão senão uma forma de empirismo? Se devidamente acompanhado e documentado retorna muito mais do que experiência, mas estimula a pesquisa e realimenta todo o processo!

Discordo em partes, quando o autor afirma que: “...o todo é muito mais do que as partes”, embora o todo seja a somatória das partes, por isso as partes influenciam mais ou menos significativamente “no todo” e por isso, precisam receber o devido mérito e atenção e é (a parte) sim tão importante quanto (o todo).

Ou seja, é necessário estabelecer relações entre as diferentes matérias, e interpretar como aprendo e aprendem os alunos e isso é relacionar as partes com “o todo”.

Globalizar na minha opinião é interagir. Um currículo globalizado é aquele que interage não somente entre as disciplinas mas entre as diversas realidades dos envolvidos.

Pensando do micro para o macro, na célula familiar do aluno, do professor, da escola, e do seu entorno e assim consecutivamente até chegar ao pensamento literário que depois volta para dentro da escola como parte da biblioteca é o que o autor propõe, só que com outras palavras.
Isso na minha compreensão, é o que Descartes descreve como concepção do conhecimento.

Então, não há algo mais importante, e sim que a importância do todo é a mesma de uma ínfima parte.

Por que o que é o todo para mim não é o todo para o você (caro leitor) e por isso é que o todo é relativo.

Vejo desta maneira. O todo pode ser comparado a uma corrente. Imagine uma corrente de bicicleta.

A corrente é tão forte quanto o seu elo mais fraco. (OU SEJA “O TODO é A CORRENTE” e “A PARTE É UM ELO DESSA CORRENTE”).

E o que é mais importante? O elo ou a corrente?!

Então, se dermos demasiada importância ao “todo” sem compreender as necessidades das partes, toda a cadeia estará comprometida, por que, se um elo da corrente falhar (arrebentar) toda a cadeia perde função.

Imagine-se com um ciclista em uma subida. ... de pé sobre os pedais fazendo uso de toda a sua força e uma parte da corrente, que digamos, não foi lubrificada como deveria, e por isso se rompe por fadiga ou desgaste excessivo (...!...)

Pode parar a leitura para rir um pouco, se isso nunca aconteceu com você! , ou se já aconteceu sabe perfeitamente das consequências de não considerar uma parte do todo. Dói né!?

Então o saber acumulado, passa pela transdisciplinariedade que, nada mais nada menos é, segundo o autor, do que a interpretação da realidade estabelecendo relações entre a vida dos alunos e do professor com as disciplinas e da realidade social, que é a concepção do conhecimento de
Descartes. Sem esquecer do passado!

Voltando ao inicio do texto, onde autor reflete sobre a organização do currículo para envolver os alunos e propor um problema, devendo a escola estar engajada no meio e ciente dos reais problemas locais ou das necessidades atuais dos alunos, a pesquisa se mostra então como uma peneira que separa as questões prioritárias e emergentes. 

Por isso, quando o autor cita as disciplinas como uma referência, ele relaciona a forma de o aprendizado acontecer por meio de idéias e a construção social do conhecimento estar vinculada a educação escolar e também, como uma forma de instigar o aluno a pensar.

Pensar por meio de idéias e incentivar a pesquisa como forma de buscar solução para problemas que são propostos pelas referencias (disciplinas).

Mas o principal desafio é globalizar este conhecimento. Olhar o micro sem esquecer o macro e vice versa.

Não consigo encontrar uma expressão melhor senão a usada por Gadamer “horizonte do conhecimento”. “karaka”, essa denominação tem a minha idade!!!

Prof: Pablo Jordano Desbessel Carniel