terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Análise do texto " Um mapa para iniciar um percurso"

Capítulo I

Com base na leitura do texto, descreva o percurso conceitual apontado pelo autor e as reflexões que, segundo ele, fundamentam a opção de se pensar um currículo escolar globalizado.  
O texto se refere a uma experiência adotada na Espanha apoiada pelo Ministro Espanhol e inspirada na experiência Stenhouse (1984). Relata uma série de fatos que levaram a repensar a educação e a função da Escola. Uma nova compreensão da realidade, articulando elementos que possam ir além de um currículo formado por disciplinas. O autor relata a busca de compreensão da complexidade, o que chamou de visão transdiciplinar.
Um resgate histórico é apresentado levando a repensar o processo de ensino, cita a sua experiência como colaborador no Instituto de Educação da Universidade de Barcelona, refere-se ao processo político ocorrido nos anos 80, que devido ao regime socialista poderia contar com experiências inovadoras na educação escolar. A função do docente, por exemplo, seria a de mediar à cultura e também a de ser um facilitador de estratégias que adotem a pesquisa como fonte do saber por parte dos alunos e de seus professores. Uma questão é base de todo desenrolar do texto, na tentativa de ilustrar toda a produção de conhecimento levantada pela experiência do autor. “Estamos ajudando nossos alunos a globalizar, a estabelecer relações entre as diferentes matérias, a partir do que fazemos em sala de aula?”
Para responder à essa questão, uma intensa pesquisa se desenvolveu. Na tentativa de reconstruir o processo, identificou-se que a forma como o currículo escolar é organizado e também a forma como os professores dotavam sua prática, interferiam significativamente no aprendizado.
As suas experiências com escola em outros países, além da Espanha o levaram a concluir que: organizar um currículo escolar não por disciplinas acadêmicas, mas por temas e problemas nos quais os estudantes se sentissem envolvidos, se torna uma contribuição significativa ao processo de aprendizagem.
O autor acredita nessa forma de ensino, pois exige que o professor seja um sujeito em constate aprendizado, não permitindo uma rotina no processo de ensino.
A questão do aluno como protagonista da aprendizagem é o foco principal de sua narrativa. Além de tomar como base a forma de trabalhar com projetos adotados na formação de arquitetos e designers. Destaca referências que embasaram a reconstrução de um processo de ensino como, as estratégias adotadas por  Bruner,  nos anos 60 - Noção de currículo em espiral “qualquer idéia pode ser ensinada a qualquer aluno de qualquer idade se lhe for apresentada de maneira adequada.” E nos anos 70 Stenhause - Ensino para a compreensão de temas controversos e refletidos no currículo de humanidades.
Apartir desses aponta a relevância de considerar o saber acumulado e a necessidade de aprender a estabelecer relações “é necessário considerar o lugar.
Além desses aspectos, acredita que o ensino por interpretação é a parte central de um currículo e procurou dar enfoque globalizador (substitu esse termo por transdiciplinaridade) às suas ações.
A idéia da escola como a sala de aula, o professor como um membro qualificado do grupo e o aluno como o agende passivo de todo o processo, identifica como um cenário há muito descontextualizado.
Suas pesquisas se baseiam no método da pesquisa-ação e concretizam o fato de que a base para um novo processo de ensino está pautada na pesquisa, na inserção do contexto social e fatos que traduzam a realidade. Essas idéias, quebravam conceitos há muito consolidados e para que pudessem ser aceitas , era necessário que fosse bastante  difundidas, o que era feito  por meio de ações coletivas dentro da escola.
Outro aspecto identificado foi o fato da noção de “educação para a compreensão”, conceito nada inovador, se não fosse combater a estratégia da repetição e memorização. A antiga estratégia pode ser melhorada quando alguns pontos são questionados: como os alunos aprendem e de que maneira a escola pode interferir nesse processo?
A conclusão da experiência apresentada por Hernández, 1998 pode ser apontada na seguinte afirmação: “Aquilo que se aprende deve ter relação com a vida dos alunos e dos professores”. No entanto, ressalta a importância de não pautar um currículo por disciplinas, mas sim no ensino da interpretação, sendo esse aspecto a parte central de um currículo de forma a permitir a ampliação do “horizonte de conhecimento”.
Por fim, o autor afirma que pensar a escola é um processo difícil, mas não impossível e deve ser um fato compartilhado por todos os envolvidos no processo como: alunos, professores, pedagogos, especialista curriculares, familiares,impressa e por aqueles que são nossos representantes políticos. Além de considerar a realidade de cada lugar  e o repertório que cada indivíduo.

Um comentário:

  1. É de fato esse "sentido" que faz do projeto um espaço de aprendizagem significativa.

    Talvez, um dos nossos maiores desafios seja conseguir "perceber" todas as mudanças sociais políticas e culturais do nosso tempo.

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