O capítulo está escrito em quatorze partes. Segue as ideias principais de cada parte:
1) O “lugar” de quem conta a história:
a) O autor parte de ideias que surgiram na década de 80:
i) Construção de uma identidade como sujeitos históricos e como cidadãos e não só de aprender conteúdos.
ii) Visão transdisciplinar
iii) Atitude globalizadora
b) Lugar de partida do autor:
i) Experiências do autor na década de 80 na pesquisa educativa no Instituto de Educação da Universidade de Barcelona
ii) Algumas referências contemporâneas como: Stenhouse, Elliot, Kemis e Freire
iii) Alguns clássicos como: Freinet, Dewey e Wallon.
2) Era uma vez...
a) O problema ou pergunta de partida do livro:
i) Estamos ajudando nossos alunos a globalizar, a estabelecer relações entre as diferentes matérias, a partir do que fazemos na sala de aula?
ii) O autor destaca:
(1) A importância de saber interpretar como aprendem os alunos.
(2) A organização de um currículo escolar não por disciplinas acadêmicas, mas por temas e problemas nos quais os estudantes se sentissem envolvidos.
3) Às voltas com o fio desta história:
a) O início da história para o autor se interessar pelo assunto ocorreu em:
i) Uma escola pública de Barcelona nos anos 80.
b) Objetivo do livro:
i) Repensar o que seria um conhecimento escolar “significativo” (não confundir com aprendizagem significativa verbal de David Paul Asubel)
c) Motivo de ter escrito o livro:
i) Série de vivência derivadas de reflexões e mudanças na organização do currículo da escola ao adotar o ensino mediante projetos.
4) A importância dos nomes:
a) Destaque para entender algumas expressões como a ideia de “trabalho escolar” entendida como:
i) Aprendizagem por descoberta de Bruner, anos 60.
b) Alguns aspectos que autor considera como norteadores:
i) Conhecimentos pedagógicas que destacam experiências prévias, transferência e compreensão como indicadores de aprendizagem.
ii) A relação entre currículo e problemas reais.
iii) A importância do diálogo pedagógico dirigido para favorecer a aprendizagem na aula.
iv) Propor aos professores a “atitude globalizadora”.
5) O valor da indagação crítica como estratégia de conhecimento:
a) O autor enfatiza a “pesquisa-ação”
b) O autor faz críticas à:
i) Sociedade determinada pelos valores do mercado especulativo
ii) Onipresença do enfoque construtivista da aprendizagem
iii) Psicologia instrucional que dá ênfase à programação dos conteúdos
(1) Nos discordamos neste ponto com o autor, pois acredito na importância da psicologia instrucional.
6) Aprender para compreender e agir:
a) Discute a noção de Educação dada por:
i) Dewey: importância da compreensão na aprendizagem
ii) Oposição ao processo de aprendizagem por memorização.
b) O autor explica que a melhor noção de Educação é dada por dois eixos:
i) Como se supõe que os alunos aprendem e
ii) A vinculação que esse processo de aprendizagem e a experiência da Escola tem em sua vida
c) Uma citação interessante:
i) “o papel da escola não é preparar para o futuro”
(1) Isso é um mito! Pois o futuro é mutável!
(2) 90% do que uma criança precisará saber depois de 10 anos ainda não foi produzido para ser ensinado hoje.
d) O importante é ensinar por ideias-chaves ( ou estruturas).
i) Ver: currículo em espiral de Bruner.
7) Questionar as representações “únicas” da realidade:
a) O autor discute que a educação deve ir além de códigos linguísticos e sinais culturais estabelecidos e “dados” pelas matérias escolares.
b) O autor é contra:
i) O currículo acadêmico organizado por disciplinas
c) O autor é a favor:
i) De um currículo centrado em interpretações da realidade, com base em Kincheloe.
8) Além do reducionismo psicológico e disciplinar:
a) O autor questiona novamente:
i) a organização do currículo centrado nas disciplinas que se apresentam com caráter “eterno”, “sagrado” e inquestionável.
(1) aqui nos discordamos com as palavras do autor!
b) O autor também faz uma crítica às ideias de Descartes do racionalismo.
i) Concordo com o autor que é também seriam importantes os saberes “não científicos” na escola.
9) Mudar a organização do espaço e do tempo escolar:
a) A proposta do autor com o livro:
i) é o convite para “romper” a classe e a organização da Escola por grupo s de nível ou de idade, com um professor como única fonte para ampliar o horizonte de conhecimento.
(1) Nos vemos isso como uma utopia onde devesse tomar cuidado para não ficar entrando em redemoinhos de palavras num campo sem possibilidade aplicação prática.
b) O autor faz algumas discussões com base no educador clássico:
i) Sancho
10) A escola como geradora de cultura e não só de aprendizagem de conteúdos.
a) Aqui o autor defende a necessidade de reconhecimento das:
i) Experiências e situações de aprendizagem que os alunos vivem dentro e fora da sala de aula.
ii) e complementa que isso não acontece devido o reducionismo da pedagogia cartesiana.
(1) Nos achamos engraçado aqui o texto trazer a palavra “reduzionismo”, escrica com “z”.
11) Globalização, interdisciplinaridade, transdisciplinaridade? Aprender a compreender e interpretar a realidade.
a) Aqui o autor comenta sobre:
i) os centros de interesse de Decroly
b) o autor explica que:
i) globalização não é o mesmo que interdisciplinaridade
c) Conclusão do autor sobre “globalização” em três eixos:
i) como forma de sabedoria na busca de compreender o mundo
ii) como referência epistemológica, o que leva a abordar e pesquisar problemas que vão além da compartimentação disciplinar.
iii) como concepção do currículo
12) A atitude globalizadora como forma de sabedoria
a) Aqui o autor levanta um de seus críticos: Gardner que diz:
i) “não podemos criar uma conexão, a menos que compreendamos a essência de algumas disciplinas concretas”
(1) e os que respondem essa posição:
(a) Gergaen, Gibbons, Popkiwick e Berstein,
b) Outra visão de “globalização” é dada por Morin (1993):
i) como o desafio de “como adquirir o acesso às informações sobre o mundo e como adquirir a possiblidade de articulá-las e organizá-las”.
13) O globalização como noção epistemológica e operacional
a) Bacana, nesse ponto o autor cita Gell-Mann (um grande físico), que diz:
i) “Bem e eu ansiávamos por compreender o mundo e desfrutar dele, sem estabelecer divisões arbitrárias.... ”
14) A globalização e a organização curricular:
a) Aqui o autor revisa as principais reflexões abordadas até aqui:
i) projeto de trabalho
ii) centros de interesse
iii) projetos interdisciplinares
iv) currículo integrado
v) pesquisa sobre o meio
vi) créditos de síntese
b) No final o autor iguala os termos:
i) Globalização e transdiciplinaridade
(1) Nos descordamos nesse ponto.
c) O autor cita seu comparsa Morin numa frase muito interessante:
i) “não basta agitar a bandeira do global:...”
(1) Aqui nos fazemos um apontamento final com referência na frase acima: seria tudo isso mais um modismo da pedagogia ou um novo paradigma para o futuro!?.
(Rafael J. R. e Rafael P.)
O autor aborda a idéia de uma globalização do ensino escolar confrontando o modelo de ensino por disciplinas (que é o modelo tradicional) com o modelo de ensino por temas (do inglês topics). Na visão do autor, apesar de o modelo por temas parecer mais adequado que o tradicional (inclusive é o modelo que ele defende), a partir do momento que o mesmo seja imposto como padrão, ele próprio afirma que passará a questioná-lo assim como fez com o modelo por disciplinas, dando a entender que não existe um modelo 100% eficaz. Desta maneira, pode-se entender a construção de um modelo de currículo escolar com sendo um projeto, semelhante ao que o próprio modelo de avaliação por projetos e trabalho propõe, afinal de contas projetos visam alcançar um objetivo, mas o caminho traçado até lá aceita modificações que são dependentes das circunstâncias e indivíduos envolvidos.
ResponderExcluirEu ousaria responder dizendo: nunca saberemos se é apenas um modismo, mas temos que admitir que a escola que temos não responde aos anseios da sociedade atual, muito menos aponta para o futuro.
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